terça-feira, 19 de novembro de 2013

A invisibilidade
Uma condição
Tão forte e transparente
Como uma paixão

A invisibilidade
Perto da parede
Com a cabeça baixa
E um coração carente

A invisibilidade
Com o uniforme do invisível
Padrão da sociedade
Papel imprescindível

A invisibilidade
Sem arrependimento
Uma escolha pessoal
Um próprio consentimento

Um agente social
Um amor não respondido
Uma escolha pessoal
Um humano invisível

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O vicio da estrada
O medo do encontro
A vida parada
Estagnada
Focada no confronto

Vontade de seguir
Medo de sorrir
A vida, vívida, vivida 
Vadia
Saudades do futuro
Esperando pelo passado
Amassado
Estuprado

Raso
No fundo
Nado
Sem destino
E ela, nada
Para o mesmo lugar
Será?

Parado
Focado
Em não focar
Em se armar
Em não amar

sábado, 2 de novembro de 2013

Bom, como eu já disse, não estive muito bem nos últimos dias, para ser mais específica, na ultima semana, de segunda a quinta. Mas eu achava que tinha tirado algo bom disso, tinha chego a conclusão de que eu não estava afim de T (nenhum nome será mencionado), nunca estivera, era tudo uma desculpa, inconsciente, para esquecer F (motivo da minha depressão semanal). Eu estava certa de que, o que eu sentia por T não passava de amizade e admiração. Então veio a noite de sexta para sábado, e eu sonhei.
Para aqueles que já me achavam mentalmente perturbada, lá vai (terei que mudar algumas coisas para que não fique completamente obvio de quem estou falando):
Como é um sonho, não lembro como começou, a primeira memória que tenho é eu e M caminhando pelo centro da cidade onde estávamos (no sonho nós estávamos viajando), de madrugada, após uma reunião de nosso grupo de estudos. Nós duas caminhávamos sozinhas por uma rua/atalho mais afastada, quando um ônibus parou atrás de nós e algumas pessoas saltaram. Até ai tudo normal, porém uma das pessoas que saiu do ônibus, um garoto com aproximadamente uns 17, 18 anos, tentou agarrar M, claramente com o intuito de estupra-la. Péssima ideia, amigo. Quando vi o que estava acontecendo, empurrei o cara para longe.
"Ah, olha pra essa dai, aposto que quer tudo pra você" Ele falou algo assim e veio para cima de mim. - Terei que interromper um pouco para falar o quanto fico nauseada com isto. Não me estenderei, mas me da raiva apenas de pensar - Quando ele veio para cima de mim, nocauteei-o e sai correndo com M.
Entramos no primeiro local aberto que encontramos, um centro de proteção à jovens adultos, onde uma mulher nos atendeu e começamos a tentar explicar o que havia acontecido. Enquanto eu e M tentávamos fazer sentido, o cara que nos agarrara na rua chegou, nos seguindo. A mulher que nos atendeu prendeu-o e nós saímos do local. 
Olhando para o outro lado da rua, avistamos T sentado sozinho em uma mesa de uma sorveteria. Chegando para falar com ele, M desabou a chorar, logo recebendo um abraço dele, depois ele se dirigiu a mim (M sumiu magicamente nesta hora), perguntando se eu estava bem e me dando um abraço acolhedor (como todos o que ele dá) e protetor, mas apesar de ele ter uma namorada (sim, na vida real também. Infelizmente), até ali estava tudo normal, se tratando dele. Mas eu tive que sair, meio correndo, não sei por qual motivo. Eu o beijei. 
 ~ Eu. Eu tomei a iniciativa! Temos dois pontos aqui: 1. É raro eu sonhar que eu beijo alguém! 2. EU NUNCA TOMO A INICIATIVA!! (salvo uma vez em que o guri era completamente broxa. Tadinho. Mas não normalmente na vida real, muito menos em sonhos). Enfim, voltando ao sonho ~
Ele pareceu meio surpreso, mas também pareceu gostar (ah, sobre o fato da namorada, digamos que ele não é exatamente fiel à aliança - vida e sonho -).
O resto eu não me lembro direito, sei que havia uma piscina em uma espécie de barco onde estava tendo uma festa e nós estávamos fugindo do cara do mal, pois descobrimos que o centro de proteção à jovens adultos era na verdade uma grande máfia e eles não podiam ser confiáveis, além de estarem contra nós e nosso grupo de estudos. Em outro momento estávamos em uma casina, a "sede" de nosso grupo, que era também um esconderijo, eu estava deitada no sofá (aquele do tipo que abre para que você possa esticar as pernas) e T chegou no local. Não sei porque, mas naquele momento não nos importamos com o fato de todos do grupo saberem que ele tem namorada. Ele fez um sinal para mim e veio deitar-se do meu lado, bem junto a mim.

É tudo que me lembro. Saudades sentido.
Acordei me perguntando o que ha de errado comigo, com meu subconsciente, com minha cabeça e com meu coração. Então pensei no F, e meio que voltei a dormir/limbo entre sonho e realidade.