segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Aproveitando o embalo do outro post...
Como se é possível gostar de duas pessoas ao mesmo tempo? Talvez não gostar, mas se sentir atraída por uma e, bem, não vamos entrar de novo no assunto do que eu sinto pela outra. Como isso funciona? Até um tempo eu não achava isso possível ou ético, mas que dita as regras desse jogo? O que é ético ou moral? O que não é?A verdade é que ainda não sei como funciona, não sei como dois sentimentos semelhantes sobre pessoas diferentes (bem diferentes no meu caso) coexistem. Mas eles estão lá, ou já estiveram, apesar de um sempre permanecer, como uma constante. A minha constante.
Com tantos outros posts dedicados a ele, acho que não é tão difícil saber que quem estou falando. Ele simplesmente está lá, mesmo quando ficamos meses sem nos falar, sem nos ver. A presença dele é uma constante para mim, não importa o quanto eu o odeie. E se eu gostar de outra pessoa, ele ainda estará lá, quando eu beijar outro, não terá como não pensar nele, nem que seja por uma fração de segundos. E o pânico e entusiasmo a cada possibilidade de vê-lo? Admito que é cansativo.
Cansa pois é triste e tristeza exaure, puxa as energias, deprime. E deprimência vicia. E mesmo quando não deprime, alegra. E quando alegra, lembra os momentos felizes e nos faz perder minutos, horas ou até dias só pensando nestes momentos, recriando-os e inventando novos em nossa cabeça, inventando e reinventando um futuro que nunca virá e, ao nos darmos conta disto, ficamos tristes, deprimidos, o que nos leva a tentar relembrar os momentos felizes, prendendo-nos em um ciclo, até que nos cansamos. Então sentimos raiva. Raiva dele, raiva de nós, raiva do sentimento, e esta raiva revive nossas energias, porém ficamos tristes novamente, sabendo que nem aquela raiva levará a algum lugar, reiniciando assim o ciclo.
No momento estou cansada. Cansada desta constante. Não o vejo já faz um mês, e ainda penso nele, cada vez com mais força! Hoje mesmo, durante a escola, ao voltar para meu lugar, vejo um papel com a programação do evento em que o vi pela ultima vez, evento que ocorreu a um mês e, mesmo assim, alguém havia colocado o papel sobre minha mesa, o papel novo, sem nenhum amaçado, sem nada errado, na hora não relacionei com ele, só tentei saber de quem era, quando não descobri, esqueci aquilo, porém ao chegar em casa e ver o vídeo (postagem anterior), me lembrei disso.
Não sou uma pessoa que acredita em destino. Mas será?
É impensável, ou ao menos deveria ser, que eu reaja assim pelo simples som de sua voz, pelo som de sua risada, inconfundível. Ainda se ele falasse comigo, mas não, era apenas uma gravação, uma filmagem de ema peça, que eu não assistia por causa dele, sim, sabia que ele estava envolvido com a peça, mas assistir, ouvir sua voz, sua risada e reconhece-lo na plateia escura, de costas, apenas metade de sua cabeça, com uma câmera sem muita qualidade e, ainda por cima, ficando com outra garota? Não me parece normal.
O mais estranho é não saber o que sentir, como reagir. Não fiquei mal por ele estar com outra, isto é claramente natural para ele e cheguei a um ponto que não me importo. Fiquei feliz por ouvir sua gargalhada, por ver a um pouco de sua silhueta, mesmo em um ambiente quase sem luz, e conseguir reconhece-lo. Porem, devo admitir, chorei. De tristeza, de saudades, de perda. Perda de algo que nunca realmente tive e saudades de algo que nunca esteve realmente aqui.
Talvez, apenas talvez, um dia ouse dizer que o amei. Se nisso acreditasse, no amor, diria que o amo. Mas não, não acredito, é impossível, apesar de não ser. É. E no momento em que nossas crenças são revistas por nós mesmos é que percebemos o problema. Quando cheguei no pensamento de "eu sinto falta dele, pois talvez o ame" foi que percebi o tamanho da confusão em que me metera. Não acredito no amor, mas talvez eu o ame. Como isso funciona? Obviamente sei que não é o amor de contos de fadas com que todas as garotas sonham, tão pouco é reciproco, mas é um sentimento diferente. Poderia dizer que simplesmente gosto muito dele, porém estaria mentindo, pois eu o odeio. Eu o odeio com todas minhas forças, todos meus pensamentos, discordo de tudo o que ele faz, odeio absolutamente tudo relacionado a ele, sinto raiva, tamanha maior do que todas as outras. Assim como o desejo. Desejo seus lábios nos meus, desejo o sentimento de fervura, a ardência, as malicias, tudo, com todas minhas forças, todos meus pensamentos e com tudo o que tenho.
Desejo tanto que chega a doer.
Desejo ele, odeio ele, com todas minhas forças.
Amo-o?
Tentar esquecer tudo só piora, o vicio de conferir placas inutilmente, a vontade de velo, a paixão por motos, a experiência de novos locais (específicos), de novas coisas, tudo volta para ele. A raiva por idiotas, o nojo por pessoas que agem como ele, de novo, tudo se volta para a mesma pessoa. E é sempre assim, não importa co quantos eu fique, não importa o quanto eu beba, não importa o quanto eu desvie o pensamento, não importa de quantos eu goste, não importa quanto tempo eu fique sem vê-lo ou quanto tempo fiquemos sem conversar, ele sempre está lá. 
Acho que meu maior medo é que este sempre nunca acabe, que ele nunca se vá, mesmo depois de já ter ido. Não quero esquece-lo, não quero que desapareça. Porém não quero que fique.

sábado, 12 de outubro de 2013

Adolescência é uma coisa estranha, você diz que não vai fazer algo, depois faz, fala que sabe se controlar e, bem, não se controla. Você tem seus ideais, mete uma coisa na cabeça, toma uma bebida, e faz completamente o contrário. Ai vem outra coisa da adolescência: os alucinógenos, seja para fumar, beber, o que for, devem ser sempre muito bem controlados. Você nunca bebeu? Escolha bem o lugar em que vai começar, você não se conhece, não sabe se é fraco ou forte para bebida, não sabe o que vai acabar fazendo. Não digo para não beber, para não experimentar, eu acho que nessa faze da vida temos mais é que viver, mas é importante sim tomar certos cuidados nessas horas.
Admito que minha cabeça ainda não está muito boa para escrever, mas talvez seja melhor assim, enquanto eu ainda lembro e ainda não comecei a julgar meus atos. 
É normal adolescentes irem em festa e beberem, vemos muito isso em filmes, mas eu não era muito de festa, ou não tinha ido em festas que me agradassem muito. Também nunca tinha bebido. Acho que resumindo posso dizer que: é foda. No bom e no mau sentido. Aquela coisa de "já to meio tonto" é real, a pessoa realmente fica tonta, fica alegre, da vontade de sorrir quando chega alguém, você fala coisas que normalmente não teria coragem, toma mais uma bebida, aceita bebida de outras pessoas, conversa, conhece gente nova, olha pro lado e esquece do que tava falando, com quem tava falando. Não sei como isso soa para você, mas escrevendo agora, na manha seguinte, me parece tudo uma coisa muito divertida. Claro que nem tudo é um bolo de arco-íris, você fica sim facilmente manipulável, mas se tem a cabeça tranquila, sabe que você tava muito mal e por isso que fez determinada coisa, da até pra fingir que não lembra no dia seguinte, mas obvio que depende da coisa, tente pensar no que você faria se estivesse sóbrio, se concentre em uma ideia que, se você contrariar, sabe que não se perdoaria, o resto: vai na fé.
O dia seguinte é algo engraçado também, ainda é de manhã, eu dormi pouco e não sei como será o resto do dia, mas é meio que uma continuação da tontura, misturada com um pouco de dor de cabeça, as imagens da noite anterior voltando em fleches, você se lembrando das sensações, tudo meio nevoado, fora de ordem, algumas informações faltando, boca seca, vontade de voltar pra noite, de dormir mais, mesmo sem sono, de conseguir uma aspirina e ver se realmente funciona, como se faz em filmes. De novo, pode parecer algo ruim, mas como disse antes, tudo ainda parece engraçado para mim. Minha sanidade já está voltando, já consigo julgar meus atos muito, MUITO, melhor do que ontem, mas ainda não me arrependo de nada, nem sei se irei me arrepender. Eu achava engraçado quando falavam em "buracos faltando", "partes em branco", "uma lacuna preta", sei la, acho que não são essas expressões, mas deu de entender, mas é bem isso, percebi isso quando contava algo que aconteceu na festa para uma amiga "cara, eu me amei uma hora, na real não sei se eu fiz isso ou se pensei em fazer, espero que tenha feito, acho que mandei um dedo do meio pro             e mandei ele se fuder. Acho que eu tava com a            , ou com a            . Não lembro quando foi isso, nem porque, mas espero que tenha feito", a pior parte é que eu lembro da cena exata, mas não lembro se ela aconteceu.
Sei lá, a luz do computador ta me fazendo ficar com uma mega dor de cabeça e ainda tenho que tentar parecer normal para meus pais.
Tchau, quem quer que seja.